sexta-feira, 20 de maio de 2005

O METRO SUL DO TEJO COMO ARMA DE ARREMESSO POLÍTICO

2005 será um ano eleitoral autárquico. Deste modo importará neste espaço salientar os nosso pontos de divergência relativamente à maioria que sempre governou os destinos desta autarquia desde 1974.

Mais importante ainda, importa não somente criticar como, acima de tudo apontar alternativas. Serão novos caminhos e novos rumos a trilhar em Almada para que as populações possam dispor de uma qualidade de vida bastante melhor da que dispõem actualmente.

Hoje abordaremos a questão do Metro Sul do Tejo (MST), de como ele se tem transformado numa arma de propaganda da CDU e de como uma solução de transporte moderna se ameaça transformar num pesadelo adiado para os Almadenses.

Os factos são incontornáveis. O projecto deveria de estar todo concluído em Novembro deste ano. No entanto a Câmara recusa-se a disponibilizar os terrenos do eixo central de Almada para que as obras não avancem em período eleitoral receando ser penalizada nas urnas pelos incómodos e impactos negativos que as obras causam na vida dos cidadãos.

Para tentar iludir os Almadenses monta uma inqualificável acção de propaganda cujos custos se ignoram mas que são, por certo, bastante elevados e pagos pelo dinheiro de todos e que deveria de ser mais bem empregue através de obra municipal já que não creio que a missão de uma Câmara Municipal deva de ser a da propaganda.

Esta é uma campanha de desinformação sobre o MST que visa justificar o injustificável mas que, na prática, não esclarece o fundamental: não informa o verdadeiro motivo do adiamento das obras, a responsabilidade da autarquia no mesmo e na sua opção por soluções técnicas que poderiam ter sido diferentes.

Por outro lado, não diz aos Almadenses que o único eixo viário digno desse nome irá ficar interrompido na zona central de Almada, que o estacionamento será radicalmente encurtado e que nas ruas adjacentes, por esse facto, os moradores verão a sua vida infernizada.

Acima de acima de tudo está longe de desvendar o final desta novela, ou seja, que em breve as obras estarão concluídas no eixo Corroios - Monte e que, a partir daí, o consórcio construtor ficará sem nada para fazer pois não pode avançar com a obra em Almada.

Quem, como nós, conheceu as dificuldades extremas de conseguir o vultuoso financiamento do Estado para esta obra não pode deixar de se sentir revoltado com esta atitude que compromete todo o investimento pois irá fazer com que os custos aumentem exponencialmente em virtude da paragem da obra.

Ora, numa altura em que o país conhece dificuldades orçamentais extremas, duas coisas poderão acontecer como consequência desta atitude da Câmara: ou o Governo não disponibiliza mais dinheiro para a obra e ficamos com uma linha inútil entre Corroios e Monte, ou o aumento dos custos será repercutido nas tarifas a praticar tornando pouco atrativo o MST como alternativa de transporte.

O que motiva o Executivo Camarário neste processo é a forma como os Almadenses poderiam constatar, com as obras no centro da cidade, as opções erradas que a autarquia promoveu e aceitou com este tipo de traçado. O que motiva este atraso na cedência dos terrenos já não é mais nada a não ser o terror de perder votos com as asneiras cometidas.

No entanto os Almadenses não são tolos e já entenderam que a Autarquia tudo faz para que as obras apenas avancem após as eleições autárquicas para tentar evitar uma derrota que já esteve mais longe de se concretizar.

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