A saga da reposição das 35 horas de trabalho semanal na Administração Pública é bem o exemplo da latitude retórica e interpretativa da geringonça.
Enquanto que, PCP e BE alinhando pelo discurso sindical, as querem "já e para todos" a 1 de julho e ensaiam um discurso impositivo ao próprio setor privado, o PS, por seu turno tendo a responsabilidade governamental pôs-se a fazer contas e viu que, não conseguindo a ilusão de vender a "neutralidade financeira" da medida (sobretudo nos setores de laboração contínua com três turnos de oito horas), aposta na fuga para diante e, não só não avança com o "faseamento" como acusa a "tenebrosa direita" de "entoxicar o debate e dividir os portugueses".
É neste "jogo de sombras" que se avança politicamente entre nós. A culpa do faseamento está em vias de ser vertida sobre a Oposição.
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