Por estes dias políticos parece que os demónios andam à solta.
Como somos de extremos transitamos da euforia à depressão num ápice quando aquilo que se exige é serenidade.
É certo que a questão da TSU é central no debate e sou daqueles que entendem que representa um colossal erro bastando, para isso, constatar uma quase unanimidade em torno desse mesmo pressuposto.
Mas isto não justifica uma série de coisas, a começar no insulto, a passar pela irreflexão e a terminar no sempre perigoso oportunismo, sobretudo por parte daqueles que, afinal de contas, nos conduziram ao atoleiro financeiro de que nos temos, malgré tout, vindo a reerguer à custa de grandes sacrifícios colectivos.
Portugal está num daqueles momentos que exige de todos o nosso melhor sentido de responsabilidade já que não tem possibilidade de falhar. Temos tudo a perder e nada a ganhar.
É necessário assim colocar o interesse colectivo acima dos egoísmos pessoais ou grupais, a começar no Governo e a terminar no cidadão em nome do futuro, em nome de Portugal.
A premissa cartesiana é bem o exemplo da racionalidade que deve prevalecer sobre a esterilidade emotiva: "le bon sens est la chose du monde la mieux partagée" e, afinal de contas, não onera o défice.
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