Sei que serei "fuzilado" por este post mas não resisto a publicá-lo em nome da sanidade pública.
A proposta da CIP de financiar a desvalorização fiscal de algumas empresas através de um mecanismo compensatório que prevê o aumento de 30% do imposto sobre o tabaco tem gerado um "levantar de rancho" da buliçosa comunidade fumadora do "rectângulo" como eu nunca vi.
Ontem assisti na TV a um saudável Saraiva a defender a bondade da proposta perante reacções descabeladas dos dois comentadores residentes do programa "Economix" contra a máxima de "os fumadores que paguem a crise" e que gerou uma tal energia e assertividade argumentativa que inferi que, tal proposta, lhes tirava o ânimo de viver.
De tal modo incrédulo com aquilo a que assistia na pantalha, cheguei a vislumbrar inclusive apelos à "revolta fiscal" ameaçando substituir o seu abastecimento pessoal das indispensáveis doses desta "commodity", não pelos canais usuais, mas através de intrincadas redes de contrabando ou de lúdicas incursões a Espanha, como quem enche um depósito de gasolina da viatura para poupar uns cêntimos.
Não sei se a ideia irá por diante, ou não, mas fica a sugestão à tribo fumadora: façam com que o Estado falhe na previsão de receitas com este imposto. Onerem-no ainda mais com a possibilidade de vos pagar mais alguns saudáveis anos de pensão no fim da vida e compensem-no com menos recurso ao Serviço Nacional de Saúde.
Está tudo nas vossas mãos, ou melhor nos vossos pulmões e no vosso coração.
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