O vendaval político que se seguiu ao anúncio de dia 7 referente à TSU tem um lado pedagógico e democrático mas levanta um problema prático complicado.
Muita gente acha agora que a austeridade é desnecessária e que o Governo a implementa apenas "porque sim".
Este "estado de negação" intuído colectivamente, mas induzido irresponsavelmente por muitos actores políticos (alguns até responsáveis pela situação em que nos encontramos) pode virar-se contra Portugal e ser responsável por uma crise a todos os níveis sem precedentes.
Convém que as pessoas saibam que, de momento, não somos independentes e nos resumimos a ser um protectorado económico, simplesmente porque nos pusemos a jeito (todos, convém não esquecer).
Temos de regressar à Terra, devolver alguma racionalidade ao debate político, "corrigir o tiro" relativamente à TSU, concertar posições com os Parceiros Sociais e prosseguir neste caminho de recuperação da nossa independência económica.
A emotividade é sedutora mas conduz à irracionalidade e esse é o campo da esquerda utópica e o oposto do que Portugal necessita.
Acho porém que numa coisa todos estaremos de acordo: queremos livrar-nos Troika o mais rapidamente possível já que esse será o sinal da nossa redenção mas para isso temos de fazer o "trabalho de casa".
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