quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Je vous salue, Francisco!



Entre mim e Francisco Louça há todo um oceano de divergências ideológicas.

No entanto, nesta hora em que se despede do Parlamento, entendo que é de inteira justiça que reconheça as suas capacidades tribunícias e a retórica eficaz de que todos iremos sentir, independentemente do quadrante político, saudades.

De resto a sua declaração de renuncia é eloquente relativamente ao reconhecimento do parlamentarismo como fonte da legitimidade democrática ao reconhecer elegantemente méritos também aos seus adversários e ao não ceder um milímetro ao populismo primário anti-parlamentar.

Afirma Louça que "no Parlamento encontrei alguns homens e mulheres extraordinários  e respeito muito os adversários que sejam fiéis ao seu programa. E, por  isso mesmo, reafirmo-vos convictamente, contra todo o populismo, que é um  crime antidemocrático deixar diminuir ou deixar corroer o pluralismo político".

É importante que, apesar das nossas divergências e, num período tão difícil da vida nacional, haja um sentido democrático que cruza todas as forças políticas.




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