terça-feira, 20 de novembro de 2012

TOPETE 3 - OS "IMPOLUTOS"


Com alguma incredulidade leio uma notícia do Jornal "I" que refere a "violência gratuita e indiscriminada da polícia no dia 14". Vejo, inicialmente, com alguma apreensão, que quem acusa são "movimentos sociais".

Mas depois ao vislumbrar o resto do texto tranquilizei-me: os ditos "movimentos sociais" são os insuspeitos "Associação de Combate à Precariedade, Precários Inflexíveis, Indignados de Lisboa, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento de Alternativa Socialista, Movimento Sem Emprego, Panteras Rosas, PCTP/MRPP, Plataforma 15 de Outubro, Recreativa dos Anjos, SOS Racismo e Socialismo Revolucionários".

Tudo gente impoluta e credível, portanto. Todos unidos contra uma brutalidade policial inaudita e nunca vista entre nós e que chocou todos os portugueses. Todos estamos escandalizados com a desproporção da carga perante cidadãos inocentes que se manifestavam pacificamente.

"Dai-me Senhor, infinita paciência..."

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Quinto Império


O copo transbordou e, por momentos, Lisboa esteve mais próximo de Atenas do que de Dublin.

Em bom rigor os incidentes e os "descomportamentos" não nos devem merecer muita preocupação. Existe bom remédio para eles.

Preocupa-me, acima de tudo, o desrespeito crescente pelos princípios básicos da democracia e uma certa soberba individual, que roça a arrogância, no modo como muita gente "faz opinião" nas redes sociais e como julga, na sua "inifinita sabedoria", ter na mão a solução para um problema tão complexo como o que Portugal atravessa.

Repetem-se os lugares comuns, aquecem-se os ânimos e, a reboque da esquerda radical, maniqueíza-se a sociedade porque esse é o terreno em que se movimentam melhor. Já surgem, um pouco por todo o lado, os apelos aos "Buiças" e às "Camionetas Fantasmas" desta vida por parte de muitos que, afinal, não têm sequer os "cojones" necessários para esmagar uma barata na cozinha mas que procuram catalisar a violência actuando como caixas de ressonância de outros interesses.

Não haja dúvida que Portugal e os portugueses terão muito a ganhar com uma Revolução. Haja bom senso!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Blasphème, ou pas?


Acabei de escutar JGF a dizer algumas coisas sensatas.

Não acha que "Frau Merkel" seja uma ditadora e àqueles que dizem que "gostariam de a ver viver com 500 euros" ele responde que ela deve de ter vivido com muito menos do que isso na Berlim oriental.

Por último afirmou que é uma sorte para os países resgatados que haja hoje uma Alemanha que poupou e que é solidária permitindo-nos ter um efeito de amortecimento dos efeitos de uma bancarrota "pura e dura".

De facto será culpa da Alemanha e da sua chanceler que estejamos tão endividados?


terça-feira, 6 de novembro de 2012

La Racaille et la Conspiration des Poudres


Nestes dias conturbados não é só a situação financeira que é complicada. A coberto de um descontentamento institucional e democraticamente legítimo há um outro, insidioso, que pretende minar as bases do próprio sistema democrático.

As tentativas de pressão a que o Parlamento está sujeito são intoleráveis e, paradoxalmente, só são possíveis num sistema democrático onde Direitos, Liberdades e Garantias são defendidos.

Da minha parte declaro, desde já, que é necessário muito mais do que isso para me intimidarem e que a legitimação democrática do voto, por muitos erros de governação que tenham sido cometidos à posteriori, não pode ceder lugar ao vociferar da turba...

 "Democracy is the worst form of government, except for all those other forms that have been tried from time to time." 

El Camino de Damasco


Sejamos realistas: a situação financeira, económica e social portuguesa não é famosa e o futuro permanece incerto até porque a Europa e a Eurozone não parecem acertar o passo.

Não há certezas absolutas do caminho a seguir e deveremos de ser críticos e exigentes relativamente ao Governo e às políticas a seguir.

Todavia já não há paciência para aturar aqueles que, sendo do PSD toda uma vida, de repente parece que viram a luz e descobriram o socialista utópico que há em si e estão na primeira linha a bramar contra os políticos, o Governo, o Parlamento, o "Cavaco", a Troika, o capitalismo selvagem, os mercados e "a Merkel".

Oxalá as soluções fossem assim tão simples quanto essa epifania dos tempos.

Get Brexit Done!

Boris Johnson arrecadou uma vitória retumbante nas eleições de ontem. A conjuntura, o seu carisma e a falta deste no seu adversário, c...